quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Campos de Concentração

No complexo de Auschwitz, no sul da Polônia, junto à cidade de Oswiecim, na alta Silésia, as estimativas mais confiáveis indicam que tenham sido exterminadas entre 1,3 milhão e 1,5 milhão de pessoas em câmaras de gás. Este foi o maior entre os dois mil campos de concentração e trabalhos forçados construídos pelos nazistas. Ali foram mortos cerca de 1,2 milhão de judeus (25% do total de judeus mortos na guerra), 150 mil poloneses, 23 mil ciganos e 15 mil soviéticos. Quando as forças soviéticas libertaram o campo, na tarde de 27 de janeiro de 1945, encontraram gigantescas pilhas com cerca de 850 mil vestidos, 350 mil ternos, milhares de pares de sapatos e montanhas de roupas de crianças, além de oito toneladas de cabelos humanos que seriam utilizados como enchimento de travesseiros. As tropas soviéticas libertaram 7.650 presos, a maioria dos quais mal podia se locomover. Alguns dias antes da chegada dos soviéticos os alemães tiveram o cuidado de dinamitar as instalações de extermínio e de queimar quase todos os arquivos. Os documentos que sobraram foram divididos entre soviéticos e poloneses. O campo de Auschwitz tornou-se o símbolo da barbárie nazista. Era uma linha de produção da morte desenvolvida de forma a envolver o maior número de pessoas, com a máxima economia de recursos, aproveitando os cadáveres como matéria-prima para a produção industrial de sabão. Auschwitz dividia-se em três subcampos: Stammlager (ou Auschwitz 1), para trabalhos forçados, que chegou a ter 135 mil presos; Birkenau (ou Auschwitz 2), onde era executado o extermínio; e Buna-Monowitz (ou Auschwitz 3), um conjunto de 46 campos de trabalhos forçados associado ao complexo industrial IG Farben, que produzia borracha sintética e metanol. Em dezembro de 1941 as câmaras de gás foram utilizadas em Auschwitz 1 pela primeira vez. Numa ação sem precedentes na história, cerca de 850 prisioneiros foram levados a um compartimento hermeticamente fechado no subsolo, onde foi injetado o gás Zyklon B, um granulado de silício impregnado com ácido cianídrico. As vítimas foram, depois, incineradas em crematório. Estima-se que poucas séries de homicídios ocorreram lá, já que, para a garantia do sigilo, os SS eram obrigados a isolar a área. Esse procedimento, além de despertar suspeitas, atrapalhava a atividade do campo. A ação criminosa foi então transferida para Birkenau, construído com esse objetivo exclusivo, onde o extermínio ocorreu em em larga escala






Nenhum comentário:

Postar um comentário